Para mim, o encontro mundial da juventude, com o Papa, em Colónia, foi um acima de tudo uma experiência de Igreja. A minha primeira grande e arrebatadora experiência de, Igreja-mundo, Igreja-corpo, Igreja-viva, Igreja-povo-de-Deus.
Foi uma experiência de olhar à volta e pensar afinal não somos assim tão poucos nem todos iguais. Afinal somos muitos, de diferentes partes, culturas, tradições, carismas, mas todos estamos aqui por uma única razão: ser a Igreja de Cristo. E isso expressa-se, como eu aprendi, de diferentes formas. Tanto fomos Igreja na presença unitiva do Papa, na missa em Marienfeld, como quando correremos loucos para ver o Papa passar numa ruazinha lá ao fundo. Fomos Igreja tanto quando rezámos o terço no comboio, no regresso às nossas famílias de acolhimento, como indo pelas ruas da ordeira cidade alemã, dividindo músicas e gritos entre nós e o grupo dos argentinos. Fomos Igreja tanto quando celebramos missa com o Cardeal Schonborn de uma forma quase familiar, como quando nos levantávamos de manhã na casa de acolhimento e ao pequeno almoço contávamos o que tínhamos feito e por onde tínhamos andado à família que nos acolhia.
Uma experiência única e irrepetível. Uma experiência que aconselho a todos.
Duarte Rego
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